O que te motivou a abrir seu próprio negócio?
O que me inspirou abrir o meu próprio negócio não foi a vontade de empreender e sim a vontade de resolver um problema. Eu e minha sócia, a Paula, olhávamos o mercado e víamos que não tinha nenhuma marca se preocupando com design, conforto, qualidade para essa mulher jovem, como a gente, contemporânea, ativa, que trabalhava, que precisava de praticidade para correr com o dia dela. Então, foi muito mais uma necessidade de tentar preencher uma lacuna do que esse empreender. Empreender foi o segundo passo do nosso negócio, o primeiro era realmente encontrar o produto certo naquele momento - que era o que a gente queria e se propôs a fazer.
Quem foram as pessoas que mais e inspiraram e de que maneira?
Tem várias - eu diria a minha mãe e minha avó. Ambas são grande inspiração de estilo e lifestyle, personalidade e formação de caráter na minha vida; responsáveis pelo o que me tornei hoje. Grandes empresárias como a Natalie Klein, uma mulher que me inspira, corajosa, destemida, que criou um super negócio bacana! Pessoas assim líderes mais jovens, como eu, como a Emily XXXX que eu tenho o prazer de chamar de amiga, que me inspira que ousar, que tenta fazer negócio em outro idioma.
Eu acho que todas as mulheres de maneira geral inspiram a gente, como marca. Nossas clientes me inspiram a querer conhece-las melhor a cada dia, buscar entender suas necessidades e desejos para criar o produto mais adequado para elas. Me sinto inspirada a me desafiar diariamente e eu acho que como mulheres nós temos essa beleza feminina, essa garra, que ninguém vai tirar da gente.
Quais foram seus principais desafios e como você os superou?
Começar um negócio não é fácil. Montar um conceito e fazer com que as pessoas acreditem em uma coisa nova já é um passo mais arrojado e isso foi um desafio positivo. Quando lançamos a Blue Bird as pessoas olhavam e pensavam que era só um modelo de sapato, mas não era apenas um modelo de sapato. Estávamos tentando mudar um estilo de vida, propor um modelo novo, que as pessoas iriam colecionar; que iria mudar a maneira de pensar, que as mulheres irião querer por estarem em um novo dia, um novo momento mais confiante e independente de suas vidas. Essa proposta de trazer uma coisa nova para o mercado foi um desafio, que hoje eu vejo que foi superado. Hoje temos grandes parceiros, amigos, fãs da marca e conseguimos fazer isso de uma maneira linda, criativa. Empreender no Brasil tem sido um desafio constante, mas é uma delícia! Aprendo todos os dias. Procuro ver tudo de uma maneira positiva. Eu sou movida a desafios. Quando as pessoas falam que eu nunca vou conseguir algo, para mim se torna ainda mais especial a conquista de tal objetivo.
Qual é a sensação de ver seu negócio gerando frutos? De quais conquistas mais se orgulha?
O lucro é uma consequência de um trabalho bem feito e bem executado. Então, quando eu vejo na rua uma pessoa usando meu sapato; que não me conhece e ela está usando o sapato porque ela gosta da marca, acredita e vê verdade no propósito que a gente criou, isso para mim me dá satisfação! Eu falo que eu posso estar num dia péssimo, se eu vejo uma pessoa usando Blue Bird já melhora meu humor. E isso acaba gerando lucros; é uma consequência do trabalho. Existem várias pessoas por trás da criação dos nossos sapatos e talvez os lucros que geramos investimos em uma nova aposta, em uma nova construção. Isso é uma conquista da qual me orgulho muito: ter a marca em muitos lugares e ter pessoas que eu admiro - grandes líderes, grandes mulheres - usando a marca. É realmente algo que me emociona.
Que dicas daria a si mesma no início da carreira?
Talvez mais paciência, não seria tão ansiosa. Eu falaria para mim mesma “Vai dar tudo certo, você está no caminho certo. Fique tranquila que lá na frente você vai olhar para trás e vê que está no caminho certo, não desista, não tenha preguiça; você deve ser persistente. Como eu sempre fui muito ligada à corrida eu aprendi duas coisas: persistência e resiliência’’